Espaço Opinião

3 de janeiro de 2018

É muito chato e triste ver uma grande parcela dos veículos de comunicação tão preocupados 24 horas em fazer publicações sobre as ditas “celebridades” de diversos setores destacando, assim, o que elas fazem ou deixam de fazer, onde e com quem elas estão se beijando, fazendo sexo, sei lá mais o quê.  Impressiona-se com a volatilidade disseminada pelas redes sociais, a respeito das informações, além da pasteurização nas chamadas de capas das notícias pela grande mídia “voyeur”.

Considera-se que com tantos assuntos de ordem preocupantes e relevantes neste País, e os quais mereciam ser destacados e levados ao conhecimento do público não têm espaços. Nota-se que a grande mídia tendenciosa e manipuladora só tem olhos para o que anda fazendo e onde estão as celebridades “comerciais” dessa tal indústria cultural que vende esses ícones durante 24h,  para uma massa bestializada que se ilude e idolatra a maioria dessa gente que não acrescenta nada de bom, não passa recibo moral nem de longe para essa massa carente de tantas coisas, Mas, infelizmente, vivemos numa sociedade cuja inversão de valores faz com que esse estado de coisas e/ou de miopia social cada vez mais se acentua.

Nesses primeiros três dias do ano, as capas dos jornais, sendo boa parte vinculada a Globo entre outros, o que mais se viu foram as matérias relacionadas aos agarramentos e beijos do jogador com a sua namorada “vai e volta” Bruna Marquezine em romance nas águas de uma das ilhas de Fernando de Noronha.

Além dessa, outro destaque: divulgar todos os dias “Vai malandra” da Anitta, além do rebolado e a bunda da moça com sua trupe. Pergunta-se: onde está o valor notícia destas informações clichês e chiclets?

Parabéns mídia manipuladora e tendenciosa – por achar que o rebolado e a bunda das “Anitas”, assim como os beijos e amassos de Neymar/Bruna Marquezine sejam mais importantes que outros assuntos que urgem por apurações e divulgações para o cidadão comum.  Entretanto, em tempos de “idade mídia”, a vida privada passa a ser a vitrine do público nesse mundo panóptico onde as futilidades são despejadas a todo vapor nesse liquidificador de “suruba”.

Editorial São Fidélis RJ






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Jornalista responsável Nelzimar Lacerda | Registro profissional DRT/RJ 29740