Maariway é mais um talento da dança na cidade a realizar seu primeiro espetáculo com o grupo Formação de Dança cujo tema preconceito.

30 de outubro de 2016

A agenda cultural deste fim de semana destaca Maariway que acaba de realizar sua primeira apresentação de dança em um espetáculo que reúne 20 coreografias assinadas por ele, que é reconhecidamente como mais um talento da área de dança na Cidade Poema com o seu grupo que tem o nome Formação de Dança. 

Mesmo desprovido de recursos financeiros para uma produção que, como todos sabem, dá trabalho, mas nem por isso Mario Junior, seu nome no A agenda cultural deste fim de semana destaca Maariway que acaba de realizar sua primeira apresentação de dança em um espetáculo que reúne 20 coreografias assinadas por ele, que é reconhecidamente como mais um talento da área de dança na Cidade Poema com o seu grupo que tem o nome Formação de Dança. 

Mesmo desprovido de recursos financeiros para uma produção que, como todos sabem, dá trabalho, mas nem por isso Mario Junior, seu nome no registro de nascimento, não desanimou e enfrentou todos os osbstáculos, assim como tenta se superar do preconceito por ser gay assumido. 

O tema do espetáculo é ‘preconceito’ e a estreia foi na última sexta-feira, às 20h, no Anfiteatro da Biblioteca Municipal Corina Peixoto de Araújo (28) e termina neste domingo (30), no mesmo local e horário. São três dias de apresentações para o público que prestigia essa modalidade de uma das vertentes culturais artísticas – para avaliarem a performance de Maariway e todo seu grupo Formação de Dança. Quanto ao tema preconceito – considerado bastante 

oportuno para o viés da reflexão, visa levar as pessoas a refletirem sobre um tema que sempre esteve em evidência e questionamentos. Por ser gay, Maariway disse viver constantemente na pele o preconceito, e daí aproveitou a dança como manifesto da alma, para levar uma mensagem de amor, fé, respeito e tolerância em mundo que cada dia vive mais conturbado e sangrento – por conta de tantos preconceitos que, em diversas escalas, tem ceifado vidas humanas por diversos lugares do mundo.

A plateia ficou entusiasmada com as apresentações do grupo dirigido e coreografado por Maariway que arrancou aplausos e um depoimento da jornalista e fotógrafa – Lucia Alonso:

– Ontem, ao sair de um compromisso na igreja, passei para prestigiar Maariway em sua apresentação de dança. E chorei. Chorei de alegria pelo outro. Com uma plateia cheia, vibrante, participativa, presenciei o amor. Da rua ouviam-se os aplausos, os “razô”, “maravilhosa” e muitos “uhull”. E o que vi além do que meus olhos podiam enxergar foi uma menina realizada. Talentosa, Maariway brilhava, e mesmo o seu olhar tenso em sua notória preocupação com que tudo desse certo, deu o seu recado. Fiquei por um tempo ali pensando: Nossa não sei ser sexy como ela. Invejei sua dança. No espetáculo, simples, mas bem escrito, algumas mensagens podem ter passado despercebidas para alguns, mas as letras de empoderamento de Rihanna e Beyonce não me passaram batido. Eu entendi Maariway, cada recadinho dado. Percebi em cada ajeitada do nó que segurava o casaco em sua cintura que ele não estava ali para fazer um estilo, mas para disfarçar algo que estava fora do contexto. Como se deixá-lo evidente fosse incoerente. Havia momentos que alguns áudios cheios de significados se reuniam ao final para dar o recado: me amem, me respeitem, me aceitem, somos iguais. Em uma cena mais dramática, ao meu lado uma menininha de uns 4 anos perguntou a sua mãe (acredito eu): “Maariway está triste?”Ah, o olhar de criança… Que soco no estômago! Ao final, como de costume, todas as meninas que participaram vieram agradecer, algumas negras, outras periféricas, outras não e ela trans. Plena, humilde, grata, agradeceu com nomes cada um que colocou esforços no espetáculo sem patrocínio algum e encerra como poucas vezes vi nos palcos que prestigiei no Brasil afora: “Muito obrigada! Fiquem com Deus”! Deus é amor. Nunca fez tanto sentido pra mim. 

APRESENTAÇÃO DO GRUPO DE DANÇA – FORMAÇÃO DE DANÇA SOB DIREÇÃO…

FLAHSES DO ESPETÁCULO DE DANÇA SOB DIREÇÃO E COREOGRAFIAS DE MAARIWAY. E TERMINA NESTE DOMINGO (30) ÀS 20H NO ANFITEATRO DA BIBLIOTECA MUNICIPALCORINA PEIXOTO DE ARAÚJO.Pela primeira vez em uma apresentação dirigida e coreografada por Maariway Swanepoel, o grupo Formação de Dança mostrou que é possível refletir sobre o preconceito, o qual foi o tema do espetáculo e assim levar a plateia prestigiadora da dança – a uma análise performática através do ritmo da dança.Maraaway há tempos já chama atenção pela sua irreverência e por ser um bailarino bastante destacado pelas suas coreografias. Apesar de não ter formação em dança, mesmo assim Maariway tem uma excelente performance com a dança, de modo a que mesmo sem recursos financeiros ou apoiadores para investir no seu talento, ainda assim contou com apoio de alguns populares que abraçaram sua ideia em fazer um espetáculo e o resultado foi esse.Numa análise mais profunda ao falar sobre o espetáculo produzido por Maariway, corroboramos com o que disse Lucia Alonso:"Ontem, ao sair de um compromisso na igreja, passei para prestigiar Maariway em sua apresentação de dança. E chorei.Chorei de alegria pelo outro. Com uma platéia cheia, vibrante, participativa, presenciei o amor. Da rua ouvia-se os aplausos, os "razô", "maravilhosa" e muitos "uhull". E o que vi além do que meus olhos podiam enxergar foi uma menina realizada. Talentosa, Maariway brilhava, e mesmo o seu olhar tenso em sua notória preocupação com que tudo desse certo, deu o seu recado. Fiquei por um tempo alí pensando: "Nossa, não sei ser sexy como ela… " . Invejei sua dança. No espetáculo, simples mas bem escrito, algumas mensagens podem ter passado despercebidas para alguns, mas as letras de empoderamento de Rihanna e Beyonce não me passaram batido. Eu entendi Maaryway, cada recadinho dado.Percebi em cada ajeitada do nó que segurava o casaco em sua cintura que ele não estava alí para fazer um estilo, mas para disfarçar algo que estava fora do contexto. Como se deixá-lo evidente fosse incoerente.Havia momentos que alguns áudios cheios de significados se reuniam ao final para dar o recado: me amem, me respeitem, me aceitem, somos iguais.Em uma cena mais dramática, ao meu lado uma menininha de uns 4 anos perguntou a sua mãe (acredito eu): "Maariway está triste?" Ah, o olhar de criança… que soco no estômago. Ao final, como de costume, todas as meninas que participaram vieram agradecer, algumas negras, outras periféricas, outras não e ela trans. Plena, humilde, grata, agradeceu com nomes cada um que colocou esforços no espetáculo sem patrocínio algum e encerra como poucas vezes vi nos palcos que prestigiei no Brasil afora: "Muito obrigada. FIQUEM COM DEUS".Deus é amor nunca fez tanto sentido pra mim. Obrigada Mario Junior. Te amo"!

Posted by São Fidélis – RJ on Saturday, October 29, 2016

Obrigada Mario Junior. Te amo! – Assinalou Reportagem e imagens: Nelzimar Lacerda






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