Barões de Vila Flor e de São Fidélis

O barão de Vila Flor era João Manoel de Souza, filho de Antônio Manoel de Souza e de d. Mauricéia Diniz de Souza, nascido na Freguesia de Campos dos Goitacazes (campos). Tinha como avós paternos Manoel de Souza Lobo e d. Francisca de Oliveira, naturais de Vila de São Tirso (Portugal), e como avós maternos o desembargador Manoel Carlos da Silva Gusmão, procurador da Coroa no Rio de Janeiro, e d. Rosa de Aguiar Falcão de Gusmão, sendo também sobrinho do general José Manoel Carlos da Silva Gusmão e da Exma. baronesa de Abadia. Desposou d. Maria Balbina de Siqueira e Souza, mais tarde baronesa de Vila Flor, filha legítima de d. Antônio José de Siqueira e Silva e de d. Ana Balbina Chaves de Siqueira, neta por parte materna do Visconde de Itabapoana. No ano de 1850, o futuro barão de Vila Flor, por falecimento dos seus pais, recebeu por herança a Fazenda de São Benedito (ainda hoje existente), no 1.? distrito de São Fidélis, fazenda que possuía uma fábrica de açúcar, beneficiamento de café, jornal e banda de música. Por volta de 1886, o barão de Vila Flor e sua esposa deliberaram libertar todos os seus escravos, antecipando-se à Lei áurea.

O barão de Vila Flor, pela amizade que o ligava ao Imperador D. Pedro II, conseguiu elevar a “Freguezia” de São Fidélis à condição de Vila com a Câmara de Vereadores, em 19 de abril de 1850, recebendo ainda os títulos de comendador da Ordem de Cristo e de tenente-coronel-comandante do Batalhão de Infantaria número 15 da Província do Rio de Janeiro. O barão de Vila Flor residia na praça principal, que recebera mais tarde o seu nome, no casarão onde está instalado o Museu de São Fidélis.

São Fidélis de Sygmaringa, pela sua importância, no período áureo da “cultura do café”, sempre foi distinguida pelo nosso Imperador D. Pedro II, que em todas as oportunidades visitava a nossa terra, ou a colocava em evidência. No ano de 1867, no dia 10 de julho, lembrando São Fidélis, o Imperador, objetivando premiar o cidadão Antonio Joaquim da Silva Pinto, pelos relevantes e patrióticos serviços prestados durante a Guerra do Paraguai, o agraciou com o título de barão de São Fidélis e ainda com a comenda da Ordem de Rosa.

O barão de São Fidélis, descendente de ilustre família portuguesa, nasceu na cidade de Campos, na Freguesia de São Sebastião, sendo seus pais Manoel Joaquim da Silva Pinto e d. Luiza Maria Pinto, e já possuía título de Cavalheiro da Ordem de Cristo, dado pelo governo de Portugal.

O barão de São Fidélis faleceu no dia 20 de setembro de 1884, na fazenda de sua propriedade, denominada Tahy, sendo seu corpo sepultado no cemitério de Carmo, na cidade de Campos. São descendentes do barão de São Fidélis os engenheiros agrônomos, dr. Arthur Magarinos Torres e dr. Antônio Francisco Magarinos Torres, antigos proprietários da Fazenda São José, hoje o progressista distrito de Cardoso Moreira no município de Campos.

Autor: Aurênio Pereira Carneiro

João Manuel de Souza – Barão de Vila Flor

Antônio Joaquim da Silva Pinto – Barão de São Fidélis

Capitão Antônio Joaquim da Silva Pinto, filho de Manuel Joaquim da Silva e de Dona Luíza Maria de Mello, nasceu em Campos, Estado do Rio, em 13 de fevereiro de 1826, onde foi importante agricultor. Morreu também em Campos, a 21 de setembro de 1884. Foi Comendador da Imperial Ordem da Rosa e da Ordem de Cristo de Portugal.

Sua LOUçA é de porcelana francesa. O prato possui uma borda rendilhada de ouro e uma barra em azul-pompadour, ao centro, o brasão de armas, encimado pela coroa de Barão. Dentro de reservas de fundo rosa, flores e pássaros pintados a mão. Paquifes ornamentais guarnecem o brasão.

BRAZãO DE ARMAS: Escudo esquartelado: no primeiro quartel, em campo de góles, cinco crescentes de lua de ouro postos em aspa; no segundo, de góles, duas canas de açúcar de ouro postas em santor; no terceiro de prata, um leão rompente de góles armado de azul; no quarto, faxado de seis peças de ouro e azul. TIMBRE: um leão de prata com um crescente de lua na espádua esquerda.(Brasão passado em 25 de Maio de 1868.Reg.no Cartório da Nobreza,Liv.VI,fls.99).





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