Encontro com São Fidélis

S. FIDÉLIS é a cidade de braços abertos !
De braços abertos, como quem recebem
num gesto que tudo diz,
de braços abertos, como o S. Fidélis
imagem padroeira
no alto da Matriz…

Ninguém chega estranho em S. Fidélis:
– é o doce olhar da moça, o sorriso da criança,
o gesto amigo do homem,
e no primeiro instante
o forasteiro pára, e já não tem vontade
de seguir adiante…

Num longo e curvo abraço, envolvendo a cidade
o próprio Parahyba se demora
como quem não tem pressa de ir embora…

S. FIDÉLIS, (humana ou desumana?)
da Algodoeira, cujo apito é um gemido
do lado de lá,
prendendo em seus teares e em seu mundo asfixiante
os operários quê.eu gostaria de ver felizes
“do lado de cá…”

(Operários e operarias
de cabeças embranquecidas pela poeira
do algodão,
como que envelhecidos precocemente pela árdua tarefa
que em oito horas lhes dão…)

S. FIDÉLIS, cujo luar vi do alto da ponte
em silêncio
sem poder definir;
um luar que o Parahyba reza, em terço, baixinho,
só para poeta ouvir…

S. FIDÉLIS
com seu rio, sua praça, seu luar,
suas colinas, suas pontes, suas mangueiras,
S. FIDÉLIS
tranquila, pequenina,
onde dá este fato singular:

a gente vem de outras terras brasileiras
chega carioca, baiano, mineiro, capixaba,
cearense,
e sai… FIDELENSE!

J. G. de Araujo Jorge (Acreano)





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